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Este é realmente um tema muito delicado em todas as
esferas da vida humana. Eu mesmo fui dissuadido da minha decisão, ainda na
adolescência de ser um sacerdote da Igreja do Senhor pela interferência de um
padre e de um seminarista de alguma diocese de Minas Gerais que entre outras
coisas da época de um seminário completamente fechado, apontaram a vida
celibatária como coisa horrível e eu em minha mentalidade juvenil, concordava
que uma vida sem uma fêmea ao lado deveria ser uma coisa tremendamente difícil
e hoje, embora não seja celibatário vivo só, e não pretendo largar esta vida
celibatária mas só Deus sabe de todas as coisas. Vamos partir do ponto de vista
de um celibatário que tem dois filhos lindos e idolatrados por ele: O fato de
uma pessoa não ser casada não significa que essa pessoa tenha que ser
promíscua, significa sim que esta pessoa está obrigada pela lei de Deus e pela
lei dos homens a ser fiel a seu cônjuge e isso quer dizer que em algum tempo,
ambos já viverão ou poderão viver como irmãos, logo, se tornarão celibatários.
A menos que queiram tornar-se adúlteros levianos e aceitem conviver com as
consequências de suas leviandades que são o risco de doenças venéreas por
exemplo a aids que é simplesmente fatal
e pode por a vida do outro em risco. O risco de separação que é absolutamente
traumático para o casal e especialmente para os filhos que, têm no equilíbrio
da relação de seus pais um alicerce para seu equilíbrio humano. O risco de uma
violência policial porque nem todo ser humano é obrigado a entender que um
juramento diante de um juiz ou um juramento diante de Deus ou um juramento
diante das pedras, ainda é um juramento e tem que ser cumprido. O grande risco
de viver eternamente no inferno mas, só descobrir isto quando já estiver lá,
mas Deus não é obrigado a entender que você foi porque não era obrigado a
obedecer. O risco de filhos extra-conjugais que resultam em pensões
alimentíciase em situações de desconforto que atingem os próprios filhos
legítimos do casal e uma série de malefícios de quem quiser se rebelar
contra a vida celibatária no próprio
casamento.
Não
pense você, meu caro amigo, que essa história de dar uma escapadinha
extraconjugal é característica apenas dos homens do século XXI não. No tempo de
Jacó os homens já davam seus pulinhos fora de casa. Veja no Cap. 38 do livro de
Gênesis que eu não vou transcrever porque não tenho habilidades para longos
manuscritos, mas em poucas palavras , é um episódio da vida de Judá , filho de
Jacó, do qual recebeu o nome a tribo da qual nasceu Jesus: Ele tinha se
separado de seus irmãos e foi morar na casa de um certo Hira, viu ali uma
cananeia e se amarrou nela aê! Desposou-a e fez tudo, o nome dela era Sué. Ela
engravidou e teve um filho e botou-lhe o nome de Her. Eles gostaram de dançar o
Tcha, tcha, tcha e aí veio outro bacuri e eles deram o nome de Onã. Mais tcha,
tcha, tcha ainda e aí veio Selá, ainda bem que eles não eram nordestinos senão
a relação de Severino e Raimunda tava
rolando até hoje. Os meninos cresceram e Judá escolheu para Her,
o mais velho, uma mulher chamada Tamar. Her morreu sem deixar filhos. Existia
naquele tempo e que o livro Dt 25, 5-
10 define muito bem, a lei do
levirato que dizque o próximo irmão abaixo deve casar-se com a viúva e o 1º
filho que vier será descendente do irmão falecido e Judá escalou o próximo
filho, Onã e mandou que ele desse descendência ao irmão finado mas Onã, sabendo
que a posteridade não seria dele mesmo, dançava o tcha, tcha, tcha mas deixava
a seiva escorrer para o chão, comportamento este do qual Deus não se agradou e
o homem morreu. Judá disse a nor que mantivesse a viuvez na casa de seu pai,
até que Selá, o caçula, ficasse adulto mas não tinha a intensão de manter a
palavra com a nora enlutada, por medo de perder outro filho. Muito tempo depois morreu a enteada de
Judá e passando o luto, Judá foi a Tamva para tosquiar suas ovelhas com seu
amigo Hira. Tamar a nora que já sabia que o cunhadinho já não era um menino e
tendo a notícia que seu sogro Judá estaria ali perto desfez-se das suas roupas
de viúva e se vestiu disfarçada de prostituta e ficou no caminho onde ele
cruzaria com ela. Judá a viu mas não a reconheceu pois estava com o rosto
coberto. Chegou-se a ele e se ofereceu e
perguntou-o o que ele lhe pagaria pelo serviço e ele disse que mandaria um
cabrito do seu rebanho. Elas topou e perguntou o que ele deixaria como penhor
até que chegasse o cabrito e ele ofereceu o que ela quisesse, das coisas que
estavam com ele, ela escolheu o anel o cordão e um bastão que ele tinha na mão.
Ele entregou essas coisas a ela e foram fazer “aquilo” e ela engravidou. Ela
voltou para casa tirou o véu e recolocou as roupas de viúva e Judá mandou o
cabrito por um amigo para resgatar o penhor, mas ele não a encontrou e
perguntou aos habitantes do lugar onde estava aquela prostituta e eles
informaram que não tinha prostituta ali. Ele voltou e contou a Judá o ocorrido.
Judá respondeu: Guarde ela o meu penhor e não nos tornemos ridículos! Eu mandei
o cabrito mas ela sumiu.
Três
meses depois forma dizer a Judá que a sua nora estava grávida e Judá mandou que
a pegassem para que fosse queimada. Enquanto era conduzida para a morte mandou
dizer a Judá: Engravidei do homem a quem pertence isto. Examine bem. Judá
reconheceu as suas coisas e disse: Ela é mais justa do que eu pois não dei meu
filho Selá. Ele não teve nada com ela.
Que
situação mais complicada essa em que se enfiou Judá hein? Vir a tornar-se o pai
da descendência do próprio filho morto e passar por qualquer desconforto humano
que possa ter advindo na época, além de ter pedido a morte da própria nora com
a qual não tonha cumprido a sua obrigação do levirato.
Nos tempos e Jacó, um dos patriarcas, e de Judá, seu filho, não existia
ainda a lei, portanto se não existia lei a não ser a do levirato, que ele
burlava pelo medo de perder também o filho caçula. Nesse tempo, aquela
rapidinha sem compromisso já era uma situação tão trivial quanto hoje. Largar a
deriva os filhos oriundos d escapadinha, mais ainda. Mas a mulher era
automaticamente condenada a morte. Viver uma situação de constrangimento por
causa de uma ação descomprometida e irresponsável, já era uma realidade
masculina, antes que Israel passasse 430 anos de escravidão no Egito. Mas o que
isso tem haver com casamento e celibato não é? O povo, com muita sabedoria
popular, sempre gosta de citar uma frase da criação: “Crescei e
multiplicai-vos”, com essa frase transformada em regra geral para todos os
seres humanos. Vamos conferir o que nos diz o texto da criação >> Gn 21- 25 << “ Então o Senhor Deus
mandou ao homem um profundo sono; enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e
fechou com carne o seu lugar. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor
fez uma mulher, e levou para junto do homem. Eis agora aqui o osso dos meus
ossos, a carne da minha carne, disse o homem: ela se tornou uma mulher porque
foi tomada do homem. Por isso deixa o homem eu pai e sua mãe para se unir a sua
mulher e já não serão mais que uma só carne. O homem e a mulher estavam nus, e
não se envergonhavam” >>> Mas antes de narrar a criação da mulher
a Bíblia nos diz no “>>Gn 2, 18<< “ Não é bom que o homem estejas só. Vou dar-lhe uma ajuda que seja
adequada”>>> Mas no capítulo “1”
ela conta a criação do casal >> Gn 1, 26-
28<< “ Então Deus disse:
Façamos o homem a nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do
mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e
sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra. Deus criou o homem e a
mulher. Deus os abençoou: Frutificai disse Ele e multiplicai-vos,...” Esta
última frase é como bandeira na cultura popular contra o celibato e não só os
protestantes mas até uma grande parte de católicos que sacodem esta flâmula por
não confiar na sabedoria que Deus dá aos nossos pastores para conduzir o seu
rebanho. Essa passagem não apenas exalta o homem como o rei deste mundo como
determina a preservação da espécie humana através
da união entre o homem e a mulher. Mas o texto bíblico citado aqui primeiro
mas que está no próximo capítulo é também uma exortação ao matrimônio e seu
compromisso definitivo que não é levado em consideração. Quem diz isto não é eu
e sim o próprio Deus quando é posto a prova por opositores da evangelização,
num dos poucos momentos onde a Bíblia é mais conclusiva, sobre a questão de
matrimônio e celibato e, Jesus define tudo>>Mt
19, 3-6 << ” Os fariseus vieram perguntar-lhe para pô-lo a prova: É permitido a um homem rejeitar sua
mulher por um motivo qualquer ? Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o criador
no começo fez o homem e a mulher e disse: por isso deixará seu pai e sua mãe e
se unirá a sua mulher e os dois formarão uma só carne. Portanto não separe o
homem o que Deus uniu”>>>
Jesus, o próprio Deus, cita uma
frase criada por Ele mesmo no início da humanidade, para ser conclusivo ao
afirmar que esse papo de separação o divórcio não é permitido por Deus pois que
une alguém no matrimônio é Ele e encerra a frase com a ordem: O homem não separe o que Deus uniu . Em
pouquíssimos casais que se unem pelos sagrados laços do matrimônio, aquele
ardor tão juvenil de uma atratividade poderosamente avassaladora pode durar por
mais de 5 anos e depois permanece a obrigação e, depois a união passa a
ser semi-fraterna e depois a união passa
a ser fraterna, isso significa que ambos atingem o celibato mas, a partir da
fase da simples obrigação é que surge a oportunidade do tentador do mundo e
também acusador, de destruir mais uma união matrimonial, através de conversas
como a dos passageiros de um motorista exemplar que induzem a infidelidade
conjugal. Primeiro pela comparação da qualidade narrada dos atos sexuais,
depois pela grande oferta de prazeres que o mundo tem a oferecer, fora do
matrimônio. Depois pela insegurança individual, diante de tanto marketing do
adultério, de se estar, no matrimônio, vivendo uma legítima experiência de
Deus. Embora você não possa ver a presença de anjos subindo e descendo a escada
dentro da sua casa, eles estão lá. Quando o adultério entra em foco eles sobem
e descem mais lentamente pois têm que lutar com os anjos da outra escada que se
abriu. Quando a infidelidade prevalece, você fortalece os anjos da outra escada
mas, quando a discórdia domina a família, é fechada a escada do céu e os anjos
ficam lá de cima chorando com Deus e assistindo a queda. A menos que alguém do
núcleo familiar tenha muita fé e clame sem cessar pela ajuda de Deus e a
intercessão de seus anjos e dos seus santos.
Mas o
que tem a ver o celibato total dos sacerdotes? A Bíblia não diz nada que o
padre não pode casar? – É, olhando assim para a Bíblia, não tem nenhuma frase
que diga: um sacerdote não poderá se casar ou um padre não se casará. Até mesmo
porque o termo “Padre” não existia nos tempos dos escritores bíblicos mas se
Jesus tivesse declarado isso abertamente você hoje talvez nem existisse pois o
seu mileca avô ou algum antes ou algum depois dele, com certeza alguém no
passado, não se casaria com a sua mileca avó e o risco de que Deus mesmo
cuidasse de extinguir a sua amada criatura, na qual pôs a sua semelhança e
imagem, levando-a a desobedecer aquela tão conhecida ordem: “crescei e
multiplicais-vos”. Mas Jesus indica claramente que isso é uma ordem dada aos
que são capazes de compreendê-la com direito a um belo presta atenção nisso
aqui hein! Dando até um puxão de orelha naqueles a quem se dirige a mensagem>>Mt 19, 10- 12 << “ Seus discípulos disseram-lhe: “ se tal é a condição do homem a
respeito da mulher, é melhor que não se casem!” respondeu ele: “ Nem todos são
capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi
dado. Porque há eunucos que o são desde o ventre das suas mães, há eunucos
tornados pelos tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmo fizeram
por amor do reino dos céus. Quem puder compreender; compreenda. “ >>>
É uma ordem clara do próprio Deus para
aquele que decidir dedicar-se ao reino dos céus e puder compreender essa
palavra de fazer-se a si mesmo um eunuco ou seja, celibatário. Jesus inicia a
determinação explicando que a ordem não
é para todos e encerra a oração com uma afirmação mais incisiva aos que podem
compreender >> Lc 14, 16-27 << “ Se alguém vem a mim e não odeia seu pai ,
sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até sua própria
vida, não pode ser meu discípulo. E quem não carrega a sua cruz e me segue, não
pode ser meu discípulo“ >>> Odiar no sentido do evangelho
significa amar menos, assim como conhecer, por exemplo, significa ter relações.
>> Lc 18, 29- 30 << “ jesus respondeu: Em verdade vos declaro:
Ninguém há que tenha abandonado, por amor do reino de Deus, sua casa, sua
mulher, seus irmãos, seus pais ou seus filhos que não receba muito mais neste
mundo e no mundo vindouro a vida eterna.” >>> Se Jesus manda amar
menos e abandonar por amor ao reino de Deus, a mulher a qual todo homem tem
direito desde a criação, os filhos aos
quais todo homem tem direito desde a criação e abandonar-se a si mesmo ao qual
tem direito desde a criação por amor ao reino de Deus; abrir mão de ter essas
coisas não deixa de ser total coerência com a vontade do Senhor a qual nos
revela. Está escrito nos evangelhos estas afirmações da bocado próprio Senhor que
dispensa acréscimos ou comentários, basta como informação, mas é o Espírito
Santo quem inspirou todos os livros da Bíblia e as cartas de Paulo também são
palavra de Deus: >> I Cor 7,1 e 7, 9 << “
Agora a respeito das coisas que escrevestes. Penso que seria bom ao homem náo
tocar mulher alguma... pois queria que todos fossem como eu mas cada um tem de
Deus um dom particular: uns este, outros aquele.
Aos solteiros e as viúvas, digo que lhes
é bom se permanecessem assim, como eu. Mas se não podem guardar a continência,
casem-se. É melhor do que abrasar-se.”>>>
Até em suas cartas, Paulo incentiva que o melhor seria uma vida celibatária aos
que desejam servir ao reino e até hoje nos incentiva a esse desafio. No entanto
nos deixa a abertura de que se a natureza for incontrolável, é melhor casar-se.
Isso confirma a declaração de Jesus em Mateus: “ Nem todos são capazes de... “
quando diz: “ Mas se não for possível guardar a continência...”
Portanto
essa história de que padre não pode casar ou freira não pode casar é bíblico
sim. Quem puder compreender compreenda Mt 19, 22.
Quem tiver ouvidos ouça Lc 14, 35. “Mas antes bem aventurados os que ouvem a
palavrade Deus e a observam.” Lc 11, 28.
Além do mais o padre quando entra para o seminário já sabe que este sacrifício
está vinculado a essa cruz. O celibato não é inventado cada vez que um
aspirante a vida clerical ingressa na sua escola. Além do
mais a Igreja não laça ninguém como um boi nas missas e doma como um cavalo
para ser um sacerdote.
Portanto e quando você entrar numa igreja separada e o pastor disser que
a Igreja católica não está se baseando na Bíblia quando diz que o padre não
pode casar e te convidar a negar a Igreja por causa disso e você levantar a sua
mão, com certeza você vai estar Rejeitando Jesus
Continue a acompanhar e a
enviar suas sugestões ao tema para concluir o texto esclarecendo tudo o mais a
respeito das enganações que servem somente para enganar o povo de Deus
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