quinta-feira, 2 de maio de 2013

Educação para o trânsito, quando começa ?


Existe atualmente a pobre ilusão de que se vai educar alguém através de multas, fazendo 
pesar o bolso sobre aquele que transgride as leis que se referem a ordem e a vida 
praticando o hábito de, por a de todos em permanente risco. A verdadeira intenção de 
quem promove esse tipo de pensamento e conduta das autoridades, sejam elas quais 
forem, não pode ser de maneira alguma se atingir a educação no trânsito ou para o 
trânsito. A educação sob qualquer pretexto não pode ser atingida desse modo, é impossível 
educar pela punição, só é possível adestrar diretamente a quem está sendo punido ou 
ensina-lo a ter mais cuidados para transgredir a lei a fim de não ser pego na próxima vez. 
É por isso que existem redes sociais de avisos de “ vá por outro caminho” informando 
onde está a blitzen. Aquele que foi punido não serve de exemplo pois o exemplo será 
sempre aquele que não foi punido e por maiores que sejam os exemplos de punidos 
existirá sempre alguém que não foi para ser espelhado e por maiores que sejam os nºs de 
multados esta tão medíocre educação sempre será um conta gotas mas os cofres de quem 
pune estarão sempre se abarrotando mais de dinheiro.
O único caminho para a educação só pode ser o caminho da educação e a minha visão 
disso é a seguinte, já que ninguém perguntou, educar um ser humano para a vida -2 anos- 
tempo máximo onde ele entende o mundo em que está e como vai se virar neste mundo e 
mais 4 anos pra ele aprender que existe respeito e quem se deva respeitar. Respeito, uma 
palavra desamparada pela modernidade mas fundamental ao equilíbrio da sociedade 
humana, apenas as empresas que não querem que ela seja vista pois ela representa ameaça 
ao lucro. Até o 6º ano de vida se pode educar uma pessoa depois disso só se pode 
introduzir sons, por que o ser humano que já está feito, julga se aceita ou finge que aceita 
mas eu também penso que é possível atingir o estágio de educação para o trânsito em uma 
idade onde a carne esteja menos dura como por exemplo 14 anos quando o coração da 
pessoa está mais aberto a emoções e aventuras e o pior, a riscos, isto sem nenhuma noção 
das leis físicas e matemáticas que regem o fato do ser, o que não é a vida, muito menos a 
dos outros pois não há exemplos de respeito a vida. O exemplo é aprendido na infância:
O pica-pau joga um piano na cabeça do Zeca-urubu, instantaneamente ele está refeito e 
aprontando de novo, os Simpsons têm sempre a sua subliminar mensagem que banaliza a 
morte a fé e a vida, os filmes americanos exibem filmes de perseguições onde carros 
cantam pneus batem e explodem e alguém morre mas não se vê quem morreu e depois 
está tudo bem ou seja a morte é um fato sem a carga de emoção que faz parte dela e 
acaba sendo transformada em nada, principalmente a morte dos outros. Nesse mundo 
onde se aprende a ser egoísta desde a chupeta e a mamadeira, como seria possível largar 
esse vínculo com a própria vida em função da vida de outro ser humano já que ela não é 
nada ? Ou pelo menos não se aprendeu ?
Só é possível educar crianças, do ponto de vista humano. Um adulto jamais será educado 
pois já aprendeu tudo quando era criança. Nem se arrancando cabeças se vai atingir a 
educação no trânsito ou para o trânsito. Isto é fato e numa sociedade onde o ser humano é 
banalizado exceto o que possui bens e todo o contexto da vida se encaminha para os 
interesses dele, ficando os outros pobres mortais subordinados a realização de seus 
desejos. Toda a pseudo-educação é apenas direcionada a instrução para empresas onde o 
ser humano jamais é colocado como o foco, somente as mortas noções da língua, 
matemática, ciências e os cada vez menores estudos sociais de onde ao menos nos tempos 
da ditadura militar que foi quando eu estudei, existia através das aulas de moral e cívica e 
OSPB a revelação impressionante de que existe a outra pessoa e assim como você tem 
direitos, você também tem deveres e limites e o outro também. O seu direito acaba onde 
começa o do outro mas o que se percebe é que no afã de se combater as mentalidades 
derivadas da ditadura, se criou também o desprezo pelas coisas boas e o que se vê como 
resultado é a completa banalização da vida humana as custas do lucro de alguém. Isto se 
percebe nos atrozes eventos da violência que vêm acontecendo Brasil afora, no Rio de 
Janeiro mulher tira menina de 6 anos dormindo de dentro de casa leva para um hotel e 
mata com requintes de crueldade para se vingar do pai da criança que não quis ter nada 
com ela o mesmo aconteceu em outro lugar, distrito federal ou Goiânia onde a fêmea 
infeliz fingi-se de ser a mãe do menino e foi busca-lo na escola e usou para isso a 
familiaridade com a criança e a inocência no caso, de um motorista de taxi que os 
conduziu a um hotel. Ela asfixiou o menino e com verdadeiro toque de maldade em 
elevadíssimo grau transportou-o morto no colo até sua residência embalando a criança 
numa mala e colocando-o em seu carro, ainda no Rio jovem universitário que passou do 
ponto de ônibus e discutiu com o motorista, atoucou-o com chutes em sua face, 
provocando a queda do veículo de viaduto, causando a morte de 8 pessoas inocentes. Em 
São Paulo há o caos absoluto onde qualquer um pode ser assassinado por policiais ou 
bandidos mesmo sem motivo e por que a pessoa só por ter R$30,00 pode ser incinerada 
viva como foi o caso da dentista em são Bernardo e o ciclista que teve o braço amputado 
durante atropelamento e o motorista além de não socorrer o rapaz, jogou o seu braço fora 
no córrego do Ipiranga. 
    Prova de que pela falta da educação, pela desestruturação da 
família, pela banalização dos gêneros humanos e pelas sucessivas tentativas de se destruir 
a igreja de Cristo banalizando também a fé em Deus o fruto só pode ser esta sociedade em 
que vivemos

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